segunda-feira, 12 de março de 2012

O VERDADEIRO JEJUM!


Marcos 9. 29
E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.
Este texto nos fala de um episódio em que sendo chamados os discípulos para que expulsassem o demônio de um menino, eles não conseguiram e recorreram a Jesus e, tendo Jesus expulsado o demônio, os discípulos o inquirem sobre o porquê, deles não terem conseguido.
A resposta de Jesus é muito reveladora, pois Jesus responde não a estranhos, mas aos seus discípulos, aqueles  a quem ele havia escolhido pessoalmente, e havia dado ordem de curar enfermos e expulsar demônios.
Até aos dias de hoje, nada foi mudado, Jesus continua  a escolher pessoalmente os seus discípulos, continua chamando, ensinando e dando autorização para curar enfermos e expulsar demônios.
 Muitos de nós, como discípulos, sentimos prazer em estar ao lado do Mestre, divulgando a sua obra, ajudando na propagação do evangelho, mas nos esquecemos de observar certos ensinamentos primordiais para cumprirmos nossa missão.
Costumamos alimentar  a nossa fé com a Palavra, manuseamos a Palavra para o combate.
Costumamos praticar a nossa comunhão com Deus e com os irmãos através da oração.
Mas, muitos de nós, quem sabe, a maioria, não se lembra ou mesmo, não entende o jejum. A maioria acredita que mortificar a carne é simplesmente deixar de alimentar o estomago.
A questão é muito mais abrangente do que simplesmente não alimentar o estomago.
Vamos observar o texto e buscar na memória quem eram os discípulos e, o que sabemos sobre eles.
Pedro: Nome verdadeiro Simão. Recebeu de Jesus o nome Pedro, por ser uma “pedra”. Duro, sem “lapidação”, ou moderação, impulsivo,  tempestuoso,precipitado.
Tomé: Ficou famoso por duvidar. Precisava ver para crer.
Judas Iscariotes: Sua maior fama foi por vender Seu Mestre por trinta moedas. Materialista ao extremo.
Estes foram os discípulos que se destacaram na história de Jesus, com suas características muito reveladoras. E que nos dão pistas sobre o porque de não conseguirem expulsar demônios por falta de jejum, como disse Jesus.
Agora vamos voltar a tentação de Jesus no deserto. Mateus.4. 1-11.
Neste texto entenderemos a questão do verdadeiro e jejum, além de observar exatamente o que faltava nos discípulos.


A primeira observância é de como o Diabo aborda:
_”Se”és filho de Deus...
A cada vez que recebemos uma investida demoníaca, também recebemos esta ponderação: “se”és filho de Deus...Estamos sempre sendo colocados a prova, por isso mesmo não podemos nunca sermos como Pedro, impetuosos e precipitados, tomando a frente do Mestre; ou como Tomé,vacilantes e temerosos esperando ver resultados; muito menos como Judas, esperando reconhecimento ou Glória.
Precisamos primeiro nos lembrar da primeira parte do verdadeiro jejum:
Mortificar a nossa carne. Nossas vontades, nossos prazeres,nossas saciedades.
Ao entendermos o que é mortificar a carne, passamos a segunda parte do jejum:
Mortificar o próprio ego. Não confiar em nós mesmos e nem em nossa posição como filho de Deus. Nos colocarmos SEMPRE como servos. Somos vasos nas mãos do Oleiro.
Agora podemos passar pela terceira e última parte do verdadeiro jejum:
Mortificar TODO E QUALQUER VALOR MUNDANO:
Mortificar a honra, a glória, a fama, o sucesso, a riqueza própria. Toda honra, toda glória, todo o sucesso, toda a fama, vem de Deus, é para Deus e por Deus.

 Vamos observar se não é exatamente assim que ocorre com Jesus no deserto.
Jesus passa por três tentações:
 _ A de buscar o seu alimento sem o auxílio de Deus.
_ A de tentar Deus para satisfazer-se.
_ A de renegar a Deus para assegurar os poderes deste mundo.
Observem que só depois que Jesus é provado e aprovado, é que Ele dá início ao seu ministério, sendo irrepreensível até a sua ressurreição.
Será que estamos preparados para cumprir a ordem do nosso Mestre?
Será que estamos prontos?
Será que temos praticado o nosso jejum?
Em que área de nossas vidas estamos precisando do verdadeiro jejum?