sexta-feira, 15 de abril de 2022

POR QUE NOSSA PÁSCOA É DIFERENTE DA JUDAICA


Ainda hoje, os judeus se referem à festa pelo seu nome original: Pessach. De origem hebraica, quer dizer "passagem" e deu origem, entre a palavra "páscoa" em português.

É a festa que comemora a passagem do povo israelita da escravidão do Egito para a libertação da Terra Prometida, através da travessia do Mar Vermelho.

A Páscoa cristã também está associada à ideia de "passagem": no caso, da morte para a vida. A solenidade que celebra a ressurreição de Jesus é a mais importante do cristianismo.

A vitória de Jesus sobre a morte é o que confere sentido ao cristianismo. 'Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé!

Enquanto a Pessach evoca a memória de Moisés a Páscoa está centrada na figura de Jesus.

COMO SE DÁ ISSO?

No Egito, Deus através de Moisés, liberta o povo da escravidão, abre o Mar Vermelho e conduz o povo para a terra prometida.

Para isso, o povo em fuga fez apressadamente pães e estes pães não tiveram tempo necessário para fermentar tornando-se pães ázimos; finos sem “encorpar”.

O povo ficou livre do Egito, mas não de práticas maléficas, por isso, ficaram vagando no deserto por 40 anos e durante todo esse tempo, Deus os proveu com o Maná, o PÃO DO CÉU, que veio para eles todos os dias desta jornada.

O Pão do Céu

  • Veio do Céu.
  • Veio para todos.
  • E veio pela vontade de Deus.

Já durante a vida de Jesus, podemos observar referências sobre a diferença do tipo de pão que se comemoraria a páscoa.

·         Em Mateus 43,4 O tentador aproximou-se então dele e disse: “Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”. 4 Jesus, porém, afirmou-lhe: “Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’”. 

Fica claro que Jesus tinha o poder de originar pão, mas Ele preferiu que fosse através da PALAVRA de Deus e não da ação direta como no deserto.

·         Em João 6.3-12 vemos o seguinte: 3 E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. 4 E A PÁSCOA, a festa dos judeus, estava próxima. 5 Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? 6 Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer. 7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.

8 E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:

9 Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?

10 E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.

11 E JESUS TOMOU OS PÃES E, HAVENDO DADO GRAÇAS , REPARTIU-OS PELOS DISCÍPULOS, E OS DISCÍPULOS PELOS QUE ESTAVAM ASSENTADOS; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.

12 E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.

Aqui fica claro que:

·         A PÁSCOA SE APROXIMAVA

·         Jesus prossegue seu ministério de milagres e pregação, sempre no propósito de revelar-se à humanidade. Mais uma vez age no sentido de demonstrar, com clareza, a impossibilidade humana de solucionar o problema instaurado, ao questionar Filipe sobre a compra de pães para alimentar a multidão. Na verdade Jesus “bem sabia o que havia de fazer”. Ou seja, o propósito foi específico: realizar o sinal para revelar seu poder aos homens, a fim de que cressem nEle.

·         “Está aqui um rapaz”, que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas isso era absolutamente nada para a multidão reunida. Foi a partir dessa insuficiência humana, seguida de uma atitude de desprendimento, que houve a operação do milagre. A lição que tiramos é: o pouco que temos é realmente insuficiente, mas quando entregue a Jesus pode se tomar muito e servir para alimentar grandes multidões. Da mesma forma que Jesus operou aquele milagre a partir do pouco que tinha aquele jovem, pode fazê-lo em relação a qualquer um de nós, desde que coloquemos em suas mãos tudo o que somos e temos. Com o rapaz, aqueles cinco pães e dois peixinhos continuariam sendo cinco pães e dois peixinhos. Entregues a Jesus, foram multiplicados, alimentaram a multidão e ainda sobejaram.

·         11 E JESUS TOMOU OS PÃES E, HAVENDO DADO GRAÇAS , REPARTIU-OS PELOS DISCÍPULOS, E OS DISCÍPULOS PELOS QUE ESTAVAM ASSENTADOS. Aqui temos o PONTO CRUCIAL DA PÁSCOA DE CRISTO. Pois foi exatamente do mesmo modo que Ele agiu na ceia pascal que conhecemos. Em Lucas 22:19-20 vemos: Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês. Ou seja; Ele REPETIU COMO AFIRMAÇÃO PASCOAL a MULTIPLICAÇÃO DE PÃES, através da GRAÇA CONCEDIDA e por REPARTIR com os SEUS DISICÍPULOS. (Hoje em dia, no caso, NÓS).

É EXATAMENTE AQUI QUE VEMOS A TRANSFORMAÇÃO DA PASSAGEM PELO MAR VERMELHO E PELO DESERTO, PARA A PASSAGEM PARA A VIDA ETERNA

Através da declaração de Jesus em João 6:51,  onde vemos a seguinte afirmação:

·         Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Ele se revela como o VERDADEIRO MANÁ DO DESERTO. O PÃO DO CÉU.

·         Pois no deserto Deus envia o pão Maná apenas como alimento físico e perecível para o povo que fugiu do Egito, Em Jesus, Ele enviou  O Filho Unigênito, Um com o Pai, a Glória de Deus, o Encarnado, o Pão que veio do céu como alimento vivo e espiritual para nos salvar da morte eterna. Não mais um pão ázimo, feito às pressas para uma fuga, mas um pão perfeito para uma vida em plenitude.

O Pão do Céu veio para todos os povos, nações e raças, para os tipos de gente, para todos os pecadores. Este milagre é um vislumbre do ABRANGENTE PLANO DE SALVAÇÃO DIVINO para a raça humana, perdida em seus delitos e pecados.

Ele escolheu fazer isso através do repartir o seu corpo como pão por meio de seus discípulos, ou seja, nós que o temos como Mestre e Senhor.

Ele deu graça sobre nós, nos abençoou e ordenou que fizessemos isso em memória Dele.

Jesus lhes disse: "Eu digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa.

João 6:53-57

PENSE! 

Não podemos nos acomodar a uma religião sem o sobrenatural.

 Reter o que temos para nós mesmos revela nossa mediocridade.