terça-feira, 23 de novembro de 2010

"UM VINHO NOVO”


Os convidados das bodas de Canaã ficaram admirados com a qualidade e o sabor inigualável daquele vinho que serviram na última hora, quando muitos já estavam até embriagados. Os discípulos e os que serviam estavam de boca aberta, pois só eles sabiam que todo aquele vinho delicioso fora tirado de seis talhas de barro, cheias de água.
Um prodígio promissor para Jesus iniciar seu ministério!
Em Israel muita gente andava descontente com a religião porque transformaram o Deus da Aliança, tão rico em bondade e misericórdia, em um legislador implacável, Um Deus frio que passava os dias observando atentamente quem ousava desrespeitar a lei de Moisés. As pessoas iam ao templo ou nas sinagogas com o coração pesado, por medo do que pudesse acontecer, se deixassem de observar alguma das mais de seiscentas leis e prescrições da religião. Existiam para os faltosos a possibilidade de se livrarem da culpa, cumprindo os rituais de purificação feitos com água, mas que também era complicado pois naquele tempo não se tinha a facilidade da água encanada como hoje.
Às vezes a prática da religião se torna um peso quase insuportável, as vezes,  ao término de alguma celebração, há quem dê um suspiro de alívio “Arre ! já cumpri minha obrigação e estou livre!” para curtir o domingão.
Para ir a uma festa, um dia antes já estamos na expectativa, já para ir à igreja, chegamos na última hora e ás vezes, se alongar um pouco, saímos antes da bênção final pois só temos paciência para aguentar por uma hora. Precisamos rever o que está errado, nossos cultos não podem resumir-se ao “oba-oba” mas temos que lhe dar vivacidade para que as pessoas saiam convencidas da graça de Deus e cheias de coragem para dar testemunho.
Não vale a pena praticar esse tipo de religião meramente cultual ! Nas bodas de Canaã Jesus, ao transformar a água da purificação em vinho da melhor qualidade, acabou com essa “chatice religiosa” mas muitos ainda hoje insistem em beber desse vinho azedo de uma religião angustiante, que bota freios no ser humano e coloca em seus olhos uma “viseira” para somente enxergar na direção que aponta os dirigentes “iluminados” sendo terminantemente proibido olhar em outra direção.
A verdadeira religião supõe liberdade e uma alegria incontida pelo fato de se tomar conhecimento de que Deus, apaixonado pelo homem, manifestou o seu amor no seu filho Jesus, que ao chegar a sua hora, a hora de mostrar a que veio, em um gesto de loucura aos olhos de muitos, derramou até a última gota do seu sangue na cruz do calvário, para que nós pudéssemos ser felizes e ter uma vida nova como homens livres.
É este o pensamento que deve nortear a nossa relação com Deus , uma alegria de saber que ele nos ama tanto, que ele só quer o nosso bem em seu sentido mais pleno, um amor que nos ama sem exigir nada, sem cara feia, sem mau humor, sem palavras amargas e sem nenhuma censura – Deus é amor infinito, bondade eterna e misericórdia para sempre! É essa portanto, a novidade que Jesus traz ao mundo nas bodas de Canaã, ele é na verdade o noivo apaixonado pela noiva que é a Igreja, assembleia de todos os que creem. Uma noiva não muito bela e nem sempre fiel, que às vezes se deixa seduzir por outros “amantes”.
Entendida e aceita essa verdade, a Palavra de Deus celebrada e proclamada em nossas comunidades, é uma carta de amor que ouvimos com o coração aos pinotes, e a vida se transforma em um jantar a luz de velas com Cristo Jesus, o amado de nossa vida , ao sabor do vinho novo da graça santificante que nos salva e liberta. Irradiar este amor a todos com o testemunho de vida, é a única forma de transformar a sociedade e não adianta se buscar outras alternativas, pois somente assim a glória de Cristo será manifestada semeando a fé no coração dos descrentes!
COM JESUS A FESTA É COMPLETA E A ALEGRIA PERMANENTE.

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