segunda-feira, 7 de novembro de 2011

TODAVIA, MUITO CUIDADO!


 Porque a prerrogativa de ser sal e de ser luz pode tanto se inclinar para o bem, quanto para o mal. Aquele que se volta para o mal se torna também uma pessoa salgada, porém, salga a si mesma, dá gosto a si própria. Veja bem, aquele que se projeta como um grande político ateu, um maçom em alto grau, um empresário inescrupuloso, um déspota, ou mesmo um criminoso famoso são exemplos de ser sal, mas para o mal.
Quer coisa mais salgada do que Hitler? Ele foi luz e sal, porém, em oposição ao bem. Quantas pessoas brilham por aí… brilhos efêmeros. Por exemplo, quantos cantores, compositores, atores, apresentadores, jogadores de futebol brilham ou brilharam como um cometa? Gostar de futebol, tudo bem! Mas quantos assalariados se privam de coisas para ir ao campo de futebol, fazendo com que certos jogadores ganhem fortunas. Isto é acender luzes. São luzes que acendemos impróprias, mas que “iluminam”. Poderiam ser chamadas de trevas, pois estão em oposição à luz de Deus, que é a verdadeira luz.
Devemos ter muito cuidado com o nosso agir, com o nosso ser. Deus quer que sejamos sal e luz para glorificá-lo, para a construção do Seu Reino. E isto só é possível vivendo conforme nos ensina. Por isso termina dizendo que a luz deve ser mostrada. Devemos mostrar isso às pessoas em louvor a Deus.
Ser luz e ser sal para glorificar a Deus é muito diferente do que se pensa e é difícil agir com este entendimento, porque a tentação está sempre a nos sugerir que sejamos luz e sal para nós mesmos. A todo momento sentimos aquela tentação: Por que ser luz de outra forma? Seja luz para si mesmo, assim vai brilhar muito mais. Por que ser gosto de outra forma? Seja gosto para si mesmo. Você é bonito, inteligente e vai perder tudo isto por uma bobagem? Não! Pense em você, colha para si mesmo os louros de seu trabalho, de sua vitória, de seu sucesso. O pecado original surgiu daí: da vaidade e da soberba.
Essa luz e esse sal podem ser dados para ambos os lados, adquirindo, obviamente, conotações opostas e consequências distintas. Jesus disse que não se acende uma luz para colocá-la debaixo da mesa, mas na luminária. Disse ainda que não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, quer dizer, se estivermos crescendo diante de Deus ou do demônio, vamos aparecer de forma positiva ou negativa, naturalmente.
 A sociedade está profundamente enferma:  O vírus do egoísmo a corrói por dentro. È claro que nosso mundo não é só miséria e egoísmo. Se assim fosse ele já teria se destruído. Há mais trigo que joio no campo da história. O joio aparece mais. O bem sofre, mas vence, porque, mesmo crucificado, ele sobrevive; morre aqui e ressuscita ali. O amor é mais forte que a morte. De qualquer modo é preciso estar alerta para perceber o que é joio e o que é trigo no coração da história para que possamos nos inserir no cultivo dos valores que de fato ajudam a construir o mundo segundo o desígnio amoroso de Deus. Com certeza é necessário combater com vigor as manifestações mais agressivas do mal na vida da sociedade, mas é sobretudo necessário que todos façamos da busca do bem comum a razão maior do próprio viver. O que só é possível se houver desprendimento, dedicação e solidariedade. Para seus discípulos Jesus deixou esse ensinamento: "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo".

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