quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

OS QUE ALEGRAM O CORAÇÃO PATERNO DE DEUS:

Não são os homens e mulheres que se crêem justos e freqüentam diuturnamente os templos e as atividades dos movimentos eclesiais, mas sim os pecadores arrependidos, aqueles que confiaram na misericórdia, comparáveis à ovelha ou à moeda perdida e reencontrada ( Lc 15, 7.10). Olhando de longe a estrada, quando percebe o retorno do filho, movido de compaixão, o pai corre ao seu encontro (Lc 15, 20). A misericórdia de Deus sempre espera por aquele que ainda não se converteu, qual uma figueira estéril ( Lc 13, 6-9).

Nos tempos messiânicos, a misericórdia de Deus tem em Jesus Cristo sua realização efetiva, a partir do anúncio programático, feito na sinagoga de Nazaré: o Espírito de Deus está sobre mim...  ( Lc 4, 18-21). Mais do que no AT, a partir de Jesus a misericórdia é exigida dos homens, entre si, conforme o exemplo divino:  sejam misericordiosos...  ( Lc 6, 36). A partir dos tempos do Messias instaura-se, para sempre, a era da misericórdia. A condição essencial para o cristão entrar no reino, é reiteradamente afirmada por Jesus: a misericórdia ( Mt 5, 7). Não podemos fechar nossas entranhas diante da miséria do irmão, O amor de Deus só permanece naqueles que exercem misericórdia ( 1Jo 3,17).


Assim – e nunca é demais repetir – a salvação não é uma questão de méritos ou esforços humanos, mas fruto da misericórdia de Deus. Deus nos mostrou, de forma vigorosa e definitiva, sua misericórdia através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. A salvação, mais do que pelo nosso esforço, ocorre pela generosidade de Deus. A misericórdia, para ele, vem em primeiro lugar: “Eu quero misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13).

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